Como é bom estar com amigos pra tomar um café e conversar muito , aqui no Mama's Cafè ,um ponto de encontro. Trocar idéias acerca do processo de migração, da cidadania, das histórias de família e dos costumes locais, as diferenças e semelhanças da Itália e Brasil.
O café continua sendo um forte elo entre estes dois países e entre as pessoas unidas a eles pelo laço do coração.
O café já era consumido desde a Antiguidade, quando os habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta. Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de consumo, passando o café a ser cultivado em várias partes do mundo. Alguns setores da sociedade europeia possivelmente passaram a beber café depois do século XVII, hábito que se expandiu rapidamente pelo continente.
O hábito de tomar o café foi associado à encontros sociais e também à música, principalmente em Veneza, onde as Botteghe Del Caffècomeçaram a surgir em grande número.
A partir de 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do Brasil Império. Os grandes lucros decorrentes da exportação do café enriqueceram os grandes fazendeiros, os chamados “Barões do café”, e sustentaram financeiramente o Império brasileiro.
O movimento de migração na Itália começou por volta de 1860,
quando os italianos se mudavam para outros países europeus. Em 1870 uma grande
maioria começou a emigrar para os EUA, mas posteriormente os governantes
americanos começaram a dificultar a imigração para os EUA, devido ao aumento de
problemas causados por este contingente de imigrantes. Assim, seu destino
passou a ser o Brasil e Argentina.
Em 1882 um inverno muito rigoroso destruiu a produção das videiras e da forragem (necessário para a alimentação de animais nos países em que há neve) e nos anos seguintes a seca se instala e aumenta ainda mais o desespero da população já que torna a produção de alimentos quase que inviável. Taxas abusivas cobradas sobre o sal e sobre o milho com o qual se fazia a polenta – principal alimento e o mais barato da época – também castigava aqueles que tinham quase nada.
Se na Itália a situação andava de mal a pior, no Brasil, a economia experimentava um momento de expansão ocasionado pelo crescimento do comércio internacional de café
Estima-se que de 1870 a 1925 mais de 17 milhões de pessoas deixaram a Itália e se encaminharam para diversos países, espalhando-se pelo mundo.
Os descendentes italianos (que são aproximadamente 60 milhões!) são mais
numerosos que a própria população atual da Itália. Só no Brasil, por exemplo,
são mais de 25 milhões de descendentes.
A província de São Paulo, por exemplo, estabeleceu sua própria política de imigração. Os fazendeiros paulistas uniram-se e fundaram, em 1886, a Sociedade Promotora da Imigração, que se tornou responsável, pelo incentivo da vinda de imigrantes da Europa e da Ásia